quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Se eu morrer antes de você... (Chico Xavier)

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor.

Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore.

Se não conseguir chorar, não se preocupe.

Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.

Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me.

Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser  o santo que pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:

" Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"

Aí então derrame uma lágrima.

Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal.

Outros amigos farão isso no meu lugar.

E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.

Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.

Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.

E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.

Você acredita nessas coisas?

Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.

Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu...

Pois ser seu amigo, já é um pedaço dele.

 

Para você.   (PS Eu te amo)

sábado, 20 de novembro de 2010

Desabafo - De Eliete Maria

 

Lá estava com o olhar perdido no vazio,

Seu semblante era triste e , os gestos frios,

Deixavam tranaparecer um certo desencanto

Que poderia até, desaguar num pranto.

 

Num canto, a observar-te,

Aproximei-me e te ofereci a minha mão

Que meio desconfiado quis relutar,

Querendo manter a sua posição.

 

Vencido, teve o meu ombro amigo,

Que mais tarde pagou com ingratidão.

Não que eu lhe cobrasse por isso,

Pois de graça lhe tive afeição.

 

Insensível e mesquinho me pareceu,

Mostrando-me um lado infantil

De um homem para mim incomparável

No entando, quis fazer-me imbecil.

 

Que tolo que foi você....

Perdeu uma grande oportunidade,

Não de ter somente uma mulher, mas

Jogar fora uma grande amizade.