quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Quem é o grande culpado pelos atropelamentos?

Em SP, metade das mortes no trânsito acontece por atropelamento; veja vias mais perigosas

Rosanne D'Agostino
Elisa Estronioli
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Dois pedestres morrem atropelados por dia no trânsito da capital paulista, um índice que praticamente não se alterou nos últimos três anos: cerca de 1.500 pessoas morrem por ano no trânsito da cidade, metade delas, por atropelamento.
Nas vias onde ocorre o maior número de casos, flagrantes mostram que pedestres também são responsáveis por manter a estatística. Atravessam fora da faixa, esperam pelo sinal verde no meio de avenidas movimentadas e até correm no meio dos carros. Mas, a causa dos atropelamentos é somente a desatenção do pedestre?
"Eu corro porque, na maioria das vezes, o semáforo fecha enquanto eu ainda estou atravessando", reclama Eunice dos Santos, 37, que frequenta a avenida Paulista, uma das campeãs em casos de atropelamento na capital -53 casos (balanço mais recente da CET - 2007). "Eu já fiquei no meio da avenida várias vezes, prefiro aproveitar e correr mesmo com farol vermelho", diz.
Segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), de janeiro a outubro de 2008, 1.212 mortes. Das vítimas, quase metade eram pedestres, 569. Outras 202 eram motoristas ou passageiros, 386 eram motociclistas e 55 eram ciclistas.
Quando os atropelamentos acabam em morte, 70% estavam fora da faixa de segurança, enquanto apenas 12% dos pedestres optaram por usar a faixa. Já 11% estavam andando pela pista e 7% na calçada.
Para Luiza Yabiku, conselheira de segurança viária da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), ainda que o número de desatenciosos seja alto, a "culpa" não pode ser imputada exclusivamente aos pedestres. "Numa cidade como São Paulo, o que vale é todo um contexto urbano, a impaciência, tanto de pedestres como de motoristas, a falta de sinalização e o desrespeito às leis de trânsito", afirma.
Com relação aos pedestres, um dos problemas apontados pela especialista é a falta de sinalização específica. Ela cita como exemplo a Avenida dos Bandeirantes, onde é preciso caminhar um longo percurso de ida e volta para realizar a travessia pelo local adequado. "O pedestre também tem pressa e, muitas vezes, ele prefere se arriscar. Não há informações sobre a próxima passarela ou travessia e ainda há muito perigo de assalto", avalia

Segundo Luiza, tanto em vias bem sinalizadas como a avenida Paulista, como em bairros, grandes causadores de atropelamentos são o desrespeito ao limite de velocidade e à sinalização existente. "Muitos motoristas ultrapassam o farol vermelho, enquanto pedestres aguardam em cima da faixa. O pior inimigo é a velocidade", completa.

Oswaldo Castro, 42, que há anos caminha diariamente pela Paulista, também aponta as calçadas como um problema, mas considera que houve melhora com a reforma mais recente. "As calçadas eram todas quebradas, era difícil andar aqui. Mas no meu bairro [Pompéia], eu tenho que andar na rua, porque a calçada lá é lamentável", completa.

Não podemos esquecer que a falta de conhecimento por partes dos pedestres de regras, ou simplesmente o desrespeito à elas contribuem para esse alto numero de acidentes, do mesmo jeito que alguns condutores preferem fazer da maneira errada, acontece também com a maioria dos pedestres.

Faço uma pergunta: Qual é a maneira mais correta de  um pedestre atravessar uma via?

A melhor resposta seria: Em linha reta, tem alguma pessoas que começam atravessar a via num ponto e simplesmente terminam no outro quarteirão, atravessam a via numa diagonal e nem se preocupam que dessa maneira ficam mais expostos ao risco de um atropelamento.

Carlos Rufato.

2 comentários:

Uma Mulher de Fases disse...

Cá, vc me conhece, sou neurótica pra atravessar a rua fora de faixa, isso depois que vi uma amiga morrer num acidente por atravessar na hora errada.
Estou curtindo muito o seu blog e a sua vontade de fazer isso aqui se tornar algo que conscientize as pessoas!
Estou orgulhosa! TE AMO

Rosi disse...

Oi CARLOS
Vim retribuir a visita e conhecer seu cantinho. Muito legal essa ideia de falar sobre trânsito de uma maneira mais próxima, que para mim é muito mais eficaz. Textos que apenas informam são bem chatos, não é mesmo?
Tenho uma tia muito querida que infelizmente sofreu um atropelamento devido uma moto não ter obedecido o sinal fechado. Ela ficou meses no hospital e até hoje anda com ajuda de bengalas depois de várias cirurgias. Lamentável.
Prometo voltar
Um abraço